sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Almas do Purgatório




Eu gostava que a noite tivesse luz.
Que pudesses descer da cruz,
De beijar quem eu quisesse
E que houvesse…  houvesse… houvesse…
Eu gostava de amar como a matemática e a matemática saísse como o amor…
Eu gostava que houvesse e eu realmente tivesse o poder de tirar a tua dor
E dizer: sai dor, sai dor do corpo… desta alma amiga.
Eu gostava de te enxugar as lágrimas
Eu gostava de salvar as animas
Eu gostava de ter nos meus braços
Largos braços para apertar o mundo contra o meu peito e apaziguar-nos
De todos os temores…
Eu gostava de te amar
Sem ter que ser apenas um de muitos outros amores
Mas não pode ser…
Tenho que subir daqui
Tenho que fugir e sair
Salvar-me levar-te
Elevar-te comigo:
“- Anda levanta-te, vem… é a única forma de saíres da dor!
Anda levanta-te e vem aqui para onde sempre te chamei meu amor!”
Levo no meu olhar a tristeza de não te levar.
Levo no corpo a leveza por te deixar.
Anda, vem salva-te desse inferno que criaste!
Anda, sempre te chamei para vires,
Sempre te segurei para não caíres.
Levanta-te desse marasmo,
Vai até onde queres ir,
Vai ter com a felicidade, dá trabalho, mas vai.
Sai, sai sai sai!
Sai desse chão enlameado vem buscar quem está a teu lado…
Vai não sejas asno,
Vai a onde tiveres que ir
Para encontrares a felicidade.
Vai a onde queres ficar que é onde deves estar…
Onde te sentes a sorrir.
Onde queres ir.
“A tua amiga: eu”
23-11-2014

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

valores: Honestidade



"O homem verdadeiramente honesto é aquele que não se ofende com nada."

Honestidade


cristal puro
maculo vidro
espelho da inocencia


mantém-te uno mesmo que seja demência
mantém-te integro e verdadeiro
mantém-te só se for preciso inteiro


Espelho da verdade por dentro e por fora
inimiga culpa na minha idade
já não tenho dela qualquer memória
porque dentro plantei a honestiade
que respira ventila areja

meus dedos prolongamentos leves
voam livres na verdade
transparents plumas
unas, por dentro por fora
agir sem maldade, agir comigo e em mim verdade.

poemas incompletos



Num só sentido
No outro sentido
Na mesma direção…
Não tens razão, não tens ouvido.

Bidirecional em linha reta
Ainda que venha a outra dimensão
Continuas pateta, pouca razão, sem coração sem ouvido.

Queria falar contigo, mas és bidimensional
Não és rocha, és quase animal
Direção, sentido (oposto e negativo), altura/cota
Pouco sei, pouco importa
Vives no plano
Tens alguma razão, mas nem sabes se te amo

Não tens certamente ouvido
Ser no plano perdido.

Tridimensional… talvez.

Mas repito-te só uma vez.
Escolhe bem o sentido, não andes ao invés
Escolhe bem o coração respira e usa inspiração
Acolhe-me na tua direção e beija-me através…
Da alma em pulsação.


 Lúcia


 03-10-2013