quinta-feira, 24 de novembro de 2016

E, todos os Invernos são assim.



E… em todos os Invernos é assim:
 a chuva é fria, as noites claras e anoitece de dia.
E, em todos os Invernos o silêncio é frio e tu te esqueces de mim.

Quebrei as asas meu amor
Quebrei as asas meu anjo doce
E estou cansada das suplicas senhor da luz…
Trevas.
O gelo corta-me as pernas e dilacera as carnes
Como navalhas frias as gotas cravam o rosto e as mãos.
Foi-se o amanhecer e o Sol.
Ó santa, ó senhora da luz
Dai-me olhos para ver e coração para crescer.

E, todos os Invernos são assim: escuridão e frio.
E todos os Invernos são assim: solidão e silêncio e vazio…

Será que avisto a estrela do pastor?
Será que tenho ainda uma vela de cera amarelecida
Uma candeia velha e óleo e torcida?
Segura-me essa chama pequena e amarela, pequenininha, bela.

Vamos embora daqui meu amor
Vamos partir antes que chegue a neve
Vamos partir em breve
Vamos meu amor pequenino
Vamos para onde eu ainda possa viver
Vamos onde as forças não me falhem.
Vamos onde nos valem .
Lúcia Cunha

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Meu amor oferece-me um livro



Meu amor oferece-me um livro que conte coisas doces meu amor.
Meu amor,
Queria um livro,
Um livro que me surpreenda
Que me toque a alma
Que me reapaixone
Quero um livro de lombada crepe e histórias rosa
Quero um livro que seja a minha caligrafia nua
Quero um livro que seja os meus seios em prosa
Oh, meu amor,
Atingi… o meu ponto de equilíbrio,
Já sei onde é o ponto de massa da alma
E agora… com calma.
Mantenho este membro erguido
Para que não tombe
e se mantenha… e que ribombe
se por possível soar
meu amor.. oferece-me um livro para amar
meu amor oferece-me um ombro para ler
oferece-me um leito para estar
oferece-me um peito para padecer…


 Lúcia Cunha

Meu amor oferece-me um livro



Meu amor oferece-me um livro que conte coisas doces meu amor.
Meu amor,
Queria um livro,
Um livro que me surpreenda
Que me toque a alma
Que me reapaixone
Quero um livro de lombada crepe e histórias rosa
Quero um livro que seja a minha caligrafia nua
Quero um livro que seja os meus seios em prosa
Oh, meu amor,
Atingi… o meu ponto de equilíbrio,
Já sei onde é o ponto de massa da alma
E agora… com calma.
Mantenho este membro erguido
Para que não tombe
e se mantenha… e que ribombe
se for possível soar
meu amor.. oferece-me um livro para amar
meu amor oferece-me um ombro para ler
oferece-me um leito para estar
oferece-me um peito para padecer…


 Lúcia Cunha